quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

17º dia – Segundo dia, na base do Roraima...


          A vida é uma viagem!
          Sabemos aonde chegaremos,
          Mas não por onde passaremos.
          Por isso, estou sempre a viajar,
          Mas com medo de chegar.
  

Acordo de madrugada para ir ao `banheiro´. Achava que já havia amanhecido devido aos gaúchos que não paravam de falar ao lado. Eles haviam chegado do Roraima na noite anterior e a erva do chimarrão devia estar estragada. É interessante como algumas pessoas não tem o senso de respeito por outras pessoas que estão ao lado. Fazer o que né?



Eram só 4h30min. O Carlos já estava acordado em entre nossas barracas porque, segundo ele, não conseguia dormir. Volto para a barraca e durmo até as 6 h, quando levantamos e começamos a desmontar o acampamento para retomar a caminhada. Tomamos café da manha e saímos às 7h30min, rumo ao acampamento base.


Os fracos vão de helicóptero... 




 A caminhada de hoje foi de 9 km, com tempo de 4 h. O detalhe é que verticalmente subimos 820 metros, o que a torna a caminhada muito difícil. Passamos pelo rio Tok (pedra em indígena, segundo o Juan) com facilidade porque ele é muito pequeno. Depois temos que atravessar o rio Kukenan que é maior e cheio de grandes pedras redondas. Atravessamos com cuidado porque as pedras são muito escorregadias. O Eduardo foi à frente para experimentar o caminho. Experimentou bem. Escorregou e caiu. Sua maior preocupação foi com a máquina fotográfica de sua irmã que molhou um pouco. Mais tarde quando a ligou ela não funcionou. Por sorte, a noite no acampamento ela voltou a funcionar.


 Ermita de Santa Maria




Rio Kukenan




O caminho é íngreme e exige mais das pernas. Sinto que uma bolha formada no dia anterior estoura e arde. Sinto também outra formar na lateral do calcanhar esquerdo. O Juan puxa a caminhada com vontade e o Carlos cuida da retaguarda. De vez em quando paramos em alguma fonte de água potável para recarregar os cantis. Ou melhor, as garrafas. Meu cantil furou no dia anterior e estou utilizando uma garrafinha de águas que o Thiago me deu. Após essa longa caminhada, chegamos ao acampamento base, de onde partiremos amanha para desbravar o monte Roraima.





Carlos

Como chegamos cedo, ajudamos a montar as barracas. Depois fui tomar banho no riacho que passa logo abaixo. A água era tão fria que doía os pés, fazendo com que o banho fosse bem rápido. Mesmo na água gelada, o banho é revigorante.








 Será que nós vamos conseguir Juan?

 É só subir um pouco, descer um pouquinho, subir mais um pouco, descer mais um pouquinho e subir mais...

 Acho que não é bem assim...

 Hey

 Carlos

 Thiago




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Coloque aqui suas observações.