quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

32º dia – Lar, do lar

“Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero...”

Hoje tomo café e rapidinho já estou em casa. Acabei não terminando a viagem ontem porque os vidros não fechavam e ficou muito incômodo dirigir depois de 1.100km. Passo no Eduardo e ele troca o fusível para mim, resolvendo o problema do vidro elétrico. Ou seja, Troller zerado. Ou quase. Ficará depois do banho e da revisão.
A seguir, apresento alguns números da viagem.

BALANÇO GERAL
Dias: 31
Noites: 31
Distância percorrida: 7.526,0 km (o rio Amazonas não chega a 7 mil km)
                Estrada de terra: cerca de 1.000 km
Distância navegada: 2.345 km
Distância caminhada: cerca de 80 km
Total percorrido: quase 10 mil km (equivalente a ¼ da circunferência da Terra)
Municípios pelos quais passei: cerca de 100
Diesel:  947,8 L
Locais de dormidas: 17
Peso perdido: 5 kg
Banhos quentes: 3
Banhos frios: uns 60
Pizzas: perdi a conta
Dias sem almoço: mais de 10
Dias dirigindo: 8

Comidas mais exóticas: cupim (do cupinzeiro e não do boi) e molho (picante) de formiga

31º dia – quase em casa

“Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão...”


Hoje foi dia de estrada e estrada. Acordei em Araguaína e peguei a estrada. Acho que bati meu recorde ao dirigir mais de 1.200 km num só dia.












30º dia – Transamazônica

“Aqui vive um povo que merece mais respeito!
Sabe, belo é o povo como é belo todo amor.
Aqui vive um povo que é mar e que é rio,
E seu destino é um dia se juntar.”


Hoje foi dia de estrada de terra com atoleiro.




























quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

29º dia – Brasil um pais 4x4

“Minha vida é andar por este país,
Pra ver se um dia encontro feliz...”

Hoje levantei cedo com a missão de começar a viagem de volta pela estrada afora, saindo de Santarém. No entanto, antes de ir embora me propus a ir conhecer Álter do Chão. “Alter do Chão foi eleita pelo jornal inglês The Guardian a mais bela praia do Brasil. O título é justo. As praias de Alter do Chão têm areias branquinhas e a água doce e cristalina do Rio Tapajós. É lindo! Mas, além das praias, Alter do Chão tem outras belezas a oferecer. A região oferece diferentes espetáculos. O encontro do Rio Tapajós com o Rio Amazonas, quando as águas não se misturam; o Lago do Maicá, com seu espelho d'água e lindos pássaros; a Floresta Nacional do Tapajós e suas comunidades ribeirinhas super acolhedoras...”

Como cheguei muito cedo, 9 h, não havia movimento e as barracas estavam começando a se preparar para receber os visitantes mais tarde. Fiz algumas fotos e fui...



















Na estrada passei algumas vezes por uma caminhonete Amarok e fui passado por ela também. Quando parei para tirar umas fotos a caminhonete parou ao meu lado e perguntaram se estava tudo bem comigo. Aproveitei a deixa para pedir informações sobre a estrada, pois ainda estava em duvida se valia mais a pena passar pelo Mato Grosso ou por Tocantins. Era um carro da Eletronorte e nele estavam o Timóteo, supervisor das redes, e o motorista Rodrigo. Conversamos bastante e me aconselharam a ir por Altamira, rumo ao Tocantins. Assim fiz.

Mais à frente encontrei com eles novamente dando carona para uma senhora, moradora da região. Parei para conversarmos mais me dizerem onde eu poderia almoçar em Rurópolis, a cidade que já estava próxima. Disseram para eu segui-los e assim o fiz.







Em Rurópolis, pegamos a Transamazônica em sentido de Marabá.
Enquanto o Timóteo e o motorista Rodrigo foram ao hotel onde haviam se hospedado fechar a conta, eu fui conhecer o ponto turístico da cidade: o Hotel Presidente Médici, construído para receber o então presidente durante as cerimonias de inicio da construção da transamazônica. Deve ter sido um bom hotel, mas hoje apresenta um aspecto de decadência.



No norte, chama à atenção a quantidade de gente que anda de moto, ou similar, sem usar capacete. Às vezes se vê dois adultos com mais uma ou duas criança, três adultos e outras tantas combinações possíveis.


Passamos na subestação da Eletronorte e o Valdeci, muito gentilmente, me dá uma aula de distribuição de energia, explicando quanto chegava e quanto sai. Se não me engano (não sei onde estão minhas anotações) lá na subestação de Rurópolis chega uma rede de 230 kV e saem redes de 138 kV para abastecer as cidades, por intermédio da Celpa. Eu acho muito legal quando encontro alguém que é entusiasmado com o que faz e tem prazer e falar sobre isso. Para mim, essa é uma diferença básica entre um ‘bom profissional’ e os demais.




Timóteo e Valdeci 

 Para quem não viu um pau de arara, la ainda se vê muitosssss.

 Rodrigo foi desviar para não atropelar um cachorro e atolou na lama,

 me proporcionando a chance de fazer uma boa ação...


No caminho para Altamira, passamos por Uruará, Placas, Medicilândia e alguns lugarejos. Em Medicilândia comemos uma carne de sol muito saborosa num bar da beira de estrada. Valor da conta para o jantar de três pessoas: R$ 25,00. Depois de jantar resolvemos seguir até Altamira e lá durmo numa rede na casa do Timóteo.