“Minha vida
é andar por este país,
Pra ver se
um dia encontro feliz...”
Hoje
levantei cedo com a missão de começar a viagem de volta pela estrada afora, saindo
de Santarém. No entanto, antes de ir embora me propus a ir conhecer Álter do Chão.
“Alter do Chão foi eleita pelo jornal inglês The Guardian a mais bela praia do
Brasil. O título é justo. As praias de Alter do Chão têm areias branquinhas e a
água doce e cristalina do Rio Tapajós. É lindo! Mas, além das praias, Alter do
Chão tem outras belezas a oferecer. A região oferece diferentes espetáculos. O
encontro do Rio Tapajós com o Rio Amazonas, quando as águas não se misturam; o
Lago do Maicá, com seu espelho d'água e lindos pássaros; a Floresta Nacional do
Tapajós e suas comunidades ribeirinhas super acolhedoras...”
Como cheguei
muito cedo, 9 h, não havia movimento e as barracas estavam começando a se
preparar para receber os visitantes mais tarde. Fiz algumas fotos e fui...
Na estrada passei
algumas vezes por uma caminhonete Amarok e fui passado por ela também. Quando parei
para tirar umas fotos a caminhonete parou ao meu lado e perguntaram se estava
tudo bem comigo. Aproveitei a deixa para pedir informações sobre a estrada,
pois ainda estava em duvida se valia mais a pena passar pelo Mato Grosso ou por
Tocantins. Era um carro da Eletronorte e nele estavam o Timóteo, supervisor das
redes, e o motorista Rodrigo. Conversamos bastante e me aconselharam a ir por
Altamira, rumo ao Tocantins. Assim fiz.
Mais à
frente encontrei com eles novamente dando carona para uma senhora, moradora da região.
Parei para conversarmos mais me dizerem onde eu poderia almoçar em Rurópolis, a
cidade que já estava próxima. Disseram para eu segui-los e assim o fiz.
Em Rurópolis,
pegamos a Transamazônica em sentido de Marabá.
Enquanto o
Timóteo e o motorista Rodrigo foram ao hotel onde haviam se hospedado fechar a
conta, eu fui conhecer o ponto turístico da cidade: o Hotel Presidente Médici, construído
para receber o então presidente durante as cerimonias de inicio da construção
da transamazônica. Deve ter sido um bom hotel, mas hoje apresenta um aspecto de
decadência.
No norte,
chama à atenção a quantidade de gente que anda de moto, ou similar, sem usar
capacete. Às vezes se vê dois adultos com mais uma ou duas criança, três adultos
e outras tantas combinações possíveis.
Passamos na
subestação da Eletronorte e o Valdeci, muito gentilmente, me dá uma aula de
distribuição de energia, explicando quanto chegava e quanto sai. Se não me
engano (não sei onde estão minhas anotações) lá na subestação de Rurópolis
chega uma rede de 230 kV e saem redes de 138 kV para abastecer as cidades, por intermédio
da Celpa. Eu acho muito legal quando encontro alguém que é entusiasmado com o
que faz e tem prazer e falar sobre isso. Para mim, essa é uma diferença básica entre
um ‘bom profissional’ e os demais.
Timóteo e Valdeci
Para quem não viu um pau de arara, la ainda se vê muitosssss.
Rodrigo foi desviar para não atropelar um cachorro e atolou na lama,
me proporcionando a chance de fazer uma boa ação...
No caminho para
Altamira, passamos por Uruará, Placas, Medicilândia e alguns lugarejos. Em Medicilândia
comemos uma carne de sol muito saborosa num bar da beira de estrada. Valor da
conta para o jantar de três pessoas: R$ 25,00. Depois de jantar resolvemos
seguir até Altamira e lá durmo numa rede na casa do Timóteo.