segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

27º dia – De volta a Manaus

“Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão...”


Dormi na rede desta vez. Com o navio vazio, já que o embarque começa hoje às 10 h, pude escolher um lugar com tranquilidade.


Os manauaras acordam cedo. Saio do barco às 7 horas para tomar um café e a rua já está movimentada. Próximo ao porto há uma grande concentração de ônibus que chegam de diferentes bairros. O movimento é intenso. Procuro uma padaria e não encontro. As pessoas tomam café da manhã em vendedores de rua que estão espalhados por todo o local. É impressionante a quantidade de camelôs nesta região. Parece que o comércio informal é maior que o comercio formal.




Saio do porto e depois de muito caminhar, encontro o DOB´s (com D e não B) e la tomo um suco de abacaxi com ovos mexidos e depois como uma tapioca com queijo coalho, acompanhada de café. Volto para o navio e espero o embarque e a saída. Agora é a hora dos ambulantes passearem pelo navio, vendendo relógios, CDs, DVDs e tudo mais.











Desta vez o navio está bem mais vazio. Há pouca gente de fora e a conversa fica mais difícil. Acho que eu também não estou muito entusiasmado. Tiro poucas fotos porque vejo menos beleza e mais defeitos. Deve ser o cansaço.
Converso com dois professores de geografia em Roraima e que fazem doutorado em Fortaleza. O Lúcio Galdino é professor da Universidade Estadual de Roraima e Sávio pesquisador e professor do Ensino Básico. Como eu, eles também carregam um computador que é companheiro de muitos momentos.




À noite perambulo pelo navio e para conversar com um casal de argentinos que estão fazendo um tour pela América do Sul em um Renoult Kangoo. Juan e Denise farão o percurso em três meses e já passaram pelo Chile, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Brasil e Uruguai, devendo pular o Paraguai devido ao tempo escasso. Saíram para fazer a viagem em uma Kombi adaptada, mas ela fundiu o motor no inicio do percurso.






Resolvo dormir sobre o navio vendo as estrelas. Pego o isolante térmico e o saco de dormir e depois que todos descem do piso superior me acomodo em um local com menos vento. A quantidade de estrelas que avisto é fantástica porque não há luzes ao redor, só uma no mastro central do navio. Chego a dormir, mas acordo com um casal namorando bem próximo a mim. Depois de um tempo, resolvo dar a eles mais privacidade e vou para rede. Apesar de não acostumado, é mais confortável dormir na rede do que no chão do navio. Outro detalhe é que no chão sinto a vibração constante do navio, o que não percebo na rede.

Boa noite.

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