“Há um
menino
Há um
moleque
Morando
sempre no meu coração
Toda vez que
o adulto balança
Ele vem pra
me dar a mão...”
Dormi na
rede desta vez. Com o navio vazio, já que o embarque começa hoje às 10 h, pude
escolher um lugar com tranquilidade.
Desta vez o
navio está bem mais vazio. Há pouca gente de fora e a conversa fica mais
difícil. Acho que eu também não estou muito entusiasmado. Tiro poucas fotos
porque vejo menos beleza e mais defeitos. Deve ser o cansaço.
Converso com
dois professores de geografia em Roraima e que fazem doutorado em Fortaleza. O
Lúcio Galdino é professor da Universidade Estadual de Roraima e Sávio
pesquisador e professor do Ensino Básico. Como eu, eles também carregam um
computador que é companheiro de muitos momentos.
À noite
perambulo pelo navio e para conversar com um casal de argentinos que estão
fazendo um tour pela América do Sul em um Renoult Kangoo. Juan e Denise farão o
percurso em três meses e já passaram pelo Chile, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia,
Venezuela, Brasil e Uruguai, devendo pular o Paraguai devido ao tempo escasso.
Saíram para fazer a viagem em uma Kombi adaptada, mas ela fundiu o motor no
inicio do percurso.
Resolvo
dormir sobre o navio vendo as estrelas. Pego o isolante térmico e o saco de
dormir e depois que todos descem do piso superior me acomodo em um local com
menos vento. A quantidade de estrelas que avisto é fantástica porque não há
luzes ao redor, só uma no mastro central do navio. Chego a dormir, mas acordo
com um casal namorando bem próximo a mim. Depois de um tempo, resolvo dar a
eles mais privacidade e vou para rede. Apesar de não acostumado, é mais
confortável dormir na rede do que no chão do navio. Outro detalhe é que no chão
sinto a vibração constante do navio, o que não percebo na rede.
Boa noite.
Boa noite.
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