terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

20º dia – Maverick e descendo o Roraima

“A vida é um livro e quem não viajar lê apenas a primeira pagina.” Sto Agostinho.

Hoje o Juan nos chamou cedo para irmos ao Maverick, ponto mais alto do Roraima e que está bem à frente de onde estamos acampados. Só o Eduardo e eu nos animamos. A subida não é muito difícil e serve para aquecer nossas pernas para o que vem pela frente. De cima do Maverick temos uma vista privilegiada da Gran Sabana e de uma grande região do topo do Roraima.








La em cima, o Juan nos conta histórias, como a lenda das guerras entre os índios da Guiana e os da Venezuela. Segundo ele, os índios da Guiana, os Canaimas, eram canibais e praticavam magia negra. Os índios venezuelanos, ao Pemons, praticavam magia branca destinada à cura e cuidados com as matas e toda natureza. Essas lutas eram travadas na mata entre os tepuias Roraima e o Kukenan. Quando os pemons estavam perdendo a guerra, um forte guerreiro subia o Kukenan e saltava em sacrifício aos deuses. Durante o pulo gritava: Matauiiiii. Esse é o outro nome do tepuia Kukenan e significa “quero morrer”. Durante esses tempos de guerra os Pemons mandavam suas mulheres e crianças para a selva amazônica e elas eram conhecidas como Amazonas.







Descemos do Maverick para tomar café e logo a seguir começamos o retorno. Paramos no topo para mais umas fotos e começamos a descer.

 Danielle, a paulista animada.


A decida é muito dura e exige muito das pernas e dos braços que as vezes são necessários para ajudar em lances muito difíceis. 



 Equipe Brava se despedindo do topo do Roraima










Quando estamos chegamos ao acampamento base, ao pé da serra, paramos no “rio gelado” para tomar um banho que revigora e ajuda a encarar a descida do que subimos no segundo dia de caminhada. Hoje caminhamos o mesmo que caminhamos em dois dias de subida.





A Venezuelana e o holandês. 


Depois de quase concluída a segunda parte da descida, paramos no rio Kukenan para um merecido banho. O banho só não é melhor porque as pedras são muito escorregadias e dificultam a movimentação pelo rio. A temperatura da água é um pouco fria, mas muito agradável.













Visito uma casa de índios próxima ao acampamento e faço algumas fotos da Liria fazendo biju.








À noite, já no acampamento, tomamos uma sopa e tomamos 5 litros de tang. Depois comemos uma pequena lata de doce de leite Viçosa que eu havia levado. Mais relaxados, contamos piadas e rimos dos causos acontecidos. O Juan conta um pouco de sua história e de sua família, inclusive que foi os “olhos” de seu pai que ficou cego. Conta que sua avó paterna era macuxi do Brasil.


Além disso, o céu é fantástico e merece admiração. Consigo ate fazer umas fotos...





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