À noite
acordamos varias vezes devido ao desconforto, mas quando abrimos a barraca nos
deparamos com o sol nascendo sobre o monte em um belo espetáculo de cores. São
esses momentos que fazem valer a pena tão grande sacrifício para chegar ao
topo.
Tomamos café
e vamos ao El Foso. Esse tem um lago
a uma profundidade de uns 7 metros. O Juan o conhece bem e pula, seguido do
Eduardo, Rogerio e eu. La em baixo a água é fria e a saída é um labirinto. Como
o Juan e o Eduardo saltaram antes, temos dificuldades de achar o caminho de
saída, mas somos socorridos pelo guia.
A caminhada foi de mais cerca de 16 km.
Por isso, repomos a energia comendo um tradicional sanduíche de atum (pão de
forma com atum enlatado e tomate). De sobremesa uma lata de pêssego em calda. O
mais gostoso que já comi ate hoje...
Após o
lanche e o descanso, saímos rumo ao ponto Tríplice que marca a divisa entre o
Brasil, a Venezuela e a Guiana. A caminhada é de cerca de meia hora e
atravessamos as fronteiras sem estar com o passaporte. Subimos no ponto para
estarmos em três países ao mesmo tempo. Não há nada além do monumento, mas é
uma sensação interessante estar num local desses.
Quem nunca caminhou por uma
fronteira e parou para fazer uma foto com um pé em cada país?
Saímos do ponto tríplice e passamos pelo vale dos cristais. O chão é coberto por cristais de quartzo, formando bonitas paisagens. De la caminhamos para o hotel por um caminho diferente para conhecermos um pouco mais do Monte Roraima.
Depois de andarmos meia hora, o Roger lembra que esqueceu sua GoPro no vale dos cristais. Não se anima a voltar até lembrar que lá também ficou sua cueca nova. Nesse momento, entra em desespero e começa a correr em busca do objeto perdido. Acho que foi assim mesmo...
Ficamos preocupados dele se perder e avisamos ao Juan que nos explica o caminho e volta ao seu encontro. Seguimos lentamente por um tempo e depois paramos para esperar. O topo do Roraima pode ser perigoso a noite porque as marcas das trilhas são muito tênues dificultando a visualização. Além disso há o frio em muitas fendas e buracos. A espera é longa, mas quando eles aparecem o Roger logo toma à dianteira e deixa-nos para trás. Parece que ele está sempre disputando com alguém.
Vamos ao nosso ritmo e
chegamos ao hotel já de noite.
Embora não
me lembre do cardápio, lembro-me que achamos o jantar delicioso...
Acho que foi
macarrão com calabresa frita...
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