Nossa
programação de hoje é mudar de hotel, visto que não conseguimos esticar nossa
reserva de dois dias por mais um dia. O hotel Anaconda estará completamente
lotado com um grupo de holandeses que vão lá todo ano. Tento fazer algumas
coisas, mas, novamente, não há internet. Thiago e eu vamos ao Hotel Gran Savana
e conseguimos um quarto, mas ficamos assustados com a forma truculenta com que
a atendente trata um brasileiro de Boa Vista. Isso porque ele havia dito que
estava com a namorada e duas amigas, mas que precisava de só um quarto. Mesmo
afirmando que as outras moças irão ficar em outro hotel a mulher não lhe alugar
um quarto dando a entender que ficarão os 4 no quarto que é para dois.
Buscamos o
Eduardo e vamos em direção ao Poço encantado.
Somos
parados num posto de fiscalização e um soldado manda eu conversar com o
superior porque não temos a autorização para entrar mais no pais com o carro. O
superior me diz que não poderemos seguir porque não podem garantir minha
segurança e eu não tenho a autorização.
Enquanto isso, o soldado vasculha a bolsa da câmera fotográfica do
Thiago e acha uma nota de R$50,00. Fica com ela e diz que é presente. O Thiago
tenta lhe dar um valor em bolívares, mas ele não aceita e sai levando a nota
encontrada.
Pior do que
ser roubado é ser roubado por alguém fardado e segurando uma metralhadora. Não
há a quem reclamar...
Com isso
abortamos nossa visita ao Juan. Aproveito para ir abastecer no posto na área
internacional. A fila é enorme porque o preço é muito baixo, comparados aos
preços do Brasil. Felizmente, a fila do diesel é bem pequena e entro nela para
completar o tanque pagando apenas cerca de um real por litro.
Passeamos
pela cidade para conhecer um pouco mais. Chama a atenção a desorganização do
comércio que é muito inferior aos da fronteira do Peru ou do Paraguai.
À noite
vamos comer mais uma pizza e tomar caipirinhas no Cafetin Goldrausch onde somos
atendidos pela Bellekis. A garçonete é eficiente, simpática e não para.
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