Na Pousada Fazenda da Tuca acordamos com o galo cantando.
O canto do galo é ignorado e dormimos mais porque está muito
frio e chovendo. A janela de madeira escurece o ambiente e engana nosso relógio
biológico que utiliza a luz para reforçar a necessidade de sair da cama. Há
quanto tempo não durmo oito horas em várias noites seguidas. Isso é férias. É
poder se dar ao luxo de acordar e não levantar porque a cama está boa.
Levantamos, tomamos banho e vamos tomar café. O chuvisco que
cai nos faz curtir o café com mais calma, esperando o tempo melhorar. E
melhora.
Colocamos os trens no Troller e saímos rumo à cooperativa para comprar
queijo do Serro. A cooperativa é em frente à rodoviária e o local é movimentado.
O transito de carros se confunde com os pedestres, visto que as calçadas são
estreitas e cheias de degraus. Queijos no isopor, é hora de pegar a estrada
rumo a Milho Verde. Ha opção de ir do Serro a Diamantina por estrada asfaltada,
mas queremos a emoção da estrada de terra, além de poder passar por alguns
lugarejos que existem no caminho antigo e cheio de marcos da Estrada Real. Para
nossa tristeza, ate Milho Verde a estrada é toda asfaltada, embora mantenha sua
beleza devido às curvas e as vistas das montanhas que corta. Na cidade paramos
em frente a
Capela do Rosario onde tiramos umas fotos e observamos o lugarejo.
Tranquilo, é cheio de pousadas e deve ser refugio de muita
gente que mora em cidade maior e busca o sossego e a tranquilidade do local.
Depois descobrimos que em Milho Verde há também a igreja de Nossa Senhora dos
Prazeres, onde foi batizada Chica da Silva. Famosa escrava que nasceu no Serro
em 1732. Alforriada, viveu no Arraial do Tijuco, hoje Diamantina, na segunda
metade do século XVIII, mantendo por mais de quinze anos uma união estável com
o “rico contratador dos diamantes João
Fernandes de Oliveira tendo com ele treze filhos. O fato de uma escrava
alforriada ter atingido posição de destaque na sociedade local durante o apogeu
da exploração de diamantes deu origem a diversos mitos.” O romance foi
objeto de vários livros e de uma novela feita pela extinta Rede Manchete,
protagonizada pela empreguente Thais Araujo.
Atravessamos a cidade, e nos deparamos com a estrada de
terra que vai para Diamantina. No entanto, no caminho ainda encontramos o
lugarejo de São Gonçalo das Pedras. Este, embora pareça um pouco maior, guarda
uma cara de interior. Paramos numa praça para nos informar e fazer um lanche.
Da padaria e lanchonete observamos uma loja de pedras e uma de artesanato.
Quando terminamos de lanchar observamos que a loja de pedra está fechada e
vamos à loja de artesanato. La somos recebido pela Valquiria que mora ali a
pouco mais de um mês e que diz ter vindo de Parati, onde também trabalha com
artesanato. Sorridente e conversadeira, nos dá várias dicas sobre Diamantina e
nos convida a visitá-la em Parati, onde moram seus filhos e ex-marido, também
artesão.
Antes de sairmos da cidade, paramos para mais algumas fotos.
Rumo a Diamantina, passamos uma linda estrada que corta as
montanhas. O visual é sempre bonito e compeennsaa as cosssteeelasss que nos
fazeeem puuulaar seeem paaararrr. O município do Serro é separada de Diamantina
por um rio entre montanhas. A união entre os dois municípios é feita por uma
bonita ponte.
Mais costelas na estrada e passamos por Vau, pequeno
lugarejo às margens do Rio Jequitinhonha.
Após mais montanhas,
Chegamos a Diamantina.
“Com quase três séculos de fundação, passando de povoado a arraial até chegar a
município, Diamantina é uma cidade rica em história e tradições. Possui um
patrimônio arquitetônico, cultural e natural rico e preservado. A formação do município está intrinsecamente
ligada à exploração do ouro e do diamante.”
Passeamos pela cidade e paramos para tomar um capuchino com
pão de queijo. Depois acabamos por encontrar a loja de artesanato Relíquias do
Vale. Lá, além do bom atendimento, encontramos uma variedade do belo artesanato
do Vale do Jequitinhonha. Difícil sair sem comprar algumas lembranças.
Após tomar um banho, vamos sair para curtir a noite na
cidade que tem rica programação cultural.
No Mercado Municipal encontramos um
povo alegre a beber, ouvir música e dançar. Um grupo de seresta anima a festa. Quando param para descansar,
outro grupo que havia descia a rua cantando e tocando assumem o palco e animam
a festa com musicas como a professorinha.
Hora de recolher para proteger do frio.
Diamantina, 17/08/12
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