Expedição Patagônia – 7º dia – Rumo ao Sul da Argentina
Saída: 10 h, 4262 km
Hoje acordamos mais tarde porque o vinho nos deu uma
tremenda ressaca, tivemos que tomar um analgésico para ajudar na recuperação,
já que sabíamos que ainda teríamos muito chão pela frente. Aproveitamos essa
deixa para lembrar futuros aventureiros que numa viagem como essa é importante
uma boa caixa de primeiros socorros, contendo medicamentos de uso regular e
eventual. Ou seja, se tem habito de tomar algum medicamento o leve, junto com
outros para situações como prisão de ventre ou infecção intestinal etc.
Tomamos o café da manhã no Hotel Simon. Cabe destacar que os
desejunos estao muito longe dos cafés da manhã dos hotéis e pousadas brasileiros.
Serviram-nos dois cafés com quatro medialunas
(pequenos croissants) e dois copos de refresco.
Saímos de Trenque Lauquem por volta das 10:00 no horário
local. Na estrada, rumo a cidade de Santa Rosa, chama-nos atenção grandes
plantações de girassóis. Interessante observar todos os girassóis direcionados
para o nascer do sol, um espetáculo verde e amarelo.
Paramos em Santa Rosa para encher o tanque do Troller,
definimos que iríamos fazer isso sempre que o marcador indicasse um pouco
abaixo da metade do volume de combustível. Um pouco adiante, paramos na pequena
cidade de Ataliva Roca para almoçarmos. Ao chegar nessa cidade, deparamo-nos
com estabelecimentos aparentemente fechados, mas com pequenas placas penduradas
nos vidros das portas indicando “abiertos”. Sem muitas opções, um morador local
nos indicou um estabelecimento no qual fomos recebidos pela proprietária com
sorriso no rosto e nos preparou dois deliciosos pratos.
Fortalecidos, seguimos viagem pela RN 154. A partir de
então, percebemos ao longo da estrada uma transição para outro tipo de
vegetação, com características de solo arenoso, seco e com árvores baixas e
capim rasteiro. O que também nos chama atenção é percorremos mais de 120 km sem
nenhuma construção a beira da estrada. Ainda bem que enchemos o tanque do carro
e os nossos.
Chegando em Río Colorado, fomos parados na barreira
zoofitosanitária La Adela. O agente de fiscalização pediu que abríssemos o
porta malas e perguntou se tínhamos frutas, respondemos que tínhamos duas maças
e dois pêssegos. Ele nos informou que não poderíamos leva-las a diante, mas que
poderíamos comê-las ali. Então, estacionamos o carro e, apesar de não estarmos
com fome, deliciamos as frutas.
Novamente, enchemos o tanque e seguimos viagem. A partir
desse momento, as estradas se tornam cada vez mais desertas, com mais de 100 km
de distância entre as cidades, assim como os postos de combustível se tornam
mais escassos, por isso formam-se filas de carros e caminhões para encherem os
tanques.
Em San Antonio do Oeste, durante o abastecimento, resolvemos que iríamos dormir em Puerto de Madryn e que ainda faltaria 279 km para chegarmos lá. Durante esse longo trajeto, tivemos a oportunidade de contemplar lindas paisagens e um magnífico pôr-do-sol. As palavras não dão conta de definir tanta beleza.
Já escuro da noite, chegamos em Puerto Madryn,
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