Expedição Patagônia – 22º dia – EXPEDIÇÃO FITZ ROY
Saída: 9 h, 8.057 km (Troller na
garagem - embarcando)
Costumo
responder, normalmente, a quem me pergunta a razão das minhas viagens: que sei
muito bem daquilo que fujo, e não aquilo que procuro. (Michel de Montaigne)
Hoje foi um
dia esperado, pois é o início da nossa Expedição Fotográfica navegando no navio
chileno Fitz Roy, pelo canal de Magallanes e canais entre as ilhas de que
compõe a Terra do Fogo. A expedição é coordenada pelo espanhol Antônio e o
grupo de fotógrafos é formado por dois subgrupos. O grupo, basicamente de Brasília, foi organizado pelo Edmar, da escola de
fotografia Quarto Eclipse, e é formado pelos amantes da fotografia: Tete, Áurea,
Juliana, Antônio, Eduardo, Nelson, Roseane e eu. O segundo grupo, coordenado pelo Marcos, é formado pelos amantes da fotografia: Juliana 2,
Mariângela, Cláudia, Eliana, Fabiane, João Batista, Fabiana, André e Bruno,
Um navio ancorado...
o nosso...
A tripulação
é formada pelos marinheiros: Roberto (comandante), Jorge (piloto), Gustavo
(oficial de maquina), Ramon (motorista), Nicolo (marinheiro), Tito
(marinheiro), Carlos, Heriverto (mágicos da culinária),Francisco (guia,
professor, sábio patagônico), Simon (garçom, mágico) e Fernando (garçom, DJ,
animador).
No meio da
tarde, navegando, começamos a avistar golfinhos (delfins austrais) e fomos
todos para cima do barco para poder vê-los e fotografá-los. São muito ágeis e
ficam nadando ao lado e à frente do navio, como crianças brincando ao redor de
algo novo.
Saímos de Punta Arenas e fomos em frente em direção ao Canal Whiteside para irmos ao final numa ilha em que veríamos elefantes marinos.
Já me
preparava para fechar o arquivo, considerando que após o delicioso jantar não
haveria mais emoção. No entanto, o vento forte que vinha pela popa aumentou
muito, indicando que não conseguiríamos desembarcar em nosso destino devido às
fortes ondas. Por isso, o capitão resolveu voltar, alterando a programação
inicial.
Ocorre que
isso fez com que passássemos a navegar contra o vento e, com isso, pegássemos
ondas muitos maiores. Como o Forest não é um grande navio, isso fez com que ele
chacoalhasse muito. O que pode ser divertido para alguns, começa a deixar
muitos mareados e com o estômago embrulhando. Isso tem efeitos colaterais
provocando crises de vômitos. Como o balanço não passava, o número de pessoas passando
mal foi crescendo. Resultado é que em
pouco tempo metade dos passageiros estava passando mal enchendo sacolas, no
banheiro ou na popa com a cabeça para fora do barco.
Para
amenizar o problema, o capitão entra num fiorne ou seno (igarapés) denominado
Baia Brooks. Já em aguas calmas, fomos dormir.
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